COMENTÁRIO A UM COMENTÁRIO, SEM APRESENTAR O PRIMEIRO COMENTÁRIO:

"De uma coisa eu sei: não há como eu, você, ou qualquer homem não reconhecer que os nossos atos foram nossos atos e, portanto, praticados, exercidos, executados, laborados por nós.

No seu primeiro comentário você abordou a questão da "liberdade" que todos os homens [em maior ou menor grau] querem ter hoje. É o desespero de se ver livre de Deus e um ato deliberado de rebeldia contra ele. Mas há também um sistema maligno de "tirar" do homem qualquer culpa que ele tenha, e transferi-la aos pais/família, igreja, sociedade, etc. Ora, pais podem ser culpados pelo que fazem mas os filhos não. A sociedade pode ser culpada pelos atos individuais dos seus membros mas o indivíduo não. É um esquema muito louco e doentio, que visa inocentar o homem e culpar a humanidade, tirando a realidade objetiva e transferindo-a a um ser "abstrato" que não pode ser culpado e condenado. A própria impraticabilidade de se julgá-las demonstra a sua irrealidade e patologia. É mais uma prova do desespero e loucura humana [genérica à medida em que vai-se instalando na mente de cada um de nós] mas também do próprio homem.

Por isso, tenho a certeza de que, mesmo dentro do decreto divino, do soberano poder de Deus controlar e determinar todas as coisas, o homem não tem como se esquivar da sua responsabilidade por seus atos, pois é ele quem os faz, através da sua vontade livre, mas jamais livre de coação interna e/ou externa. Não posso transferir a outros o que eu fiz. Assim como os outros não podem transferir para mim a responsabilidade pelo que fazem. Como a Bíblia sabiamente afirma, cada um dará conta de si mesmo diante de Deus [Rm 14.12]". [Jorge Fernandes Silva]